sábado, 28 de novembro de 2009

A PEDRA DA MORTE QUE TIRA A ALMA DAS PESSOAS, DESTROI FAMÍLIAS E DEPOIS MATA.

A “Pedra da Morte”, histórias de pais que perderam os filhos para o vício do crack, droga que leva apenas 15 segundos para chegar ao cérebro. Como o efeito dura apenas cinco minutos, o usuário acaba fumando mais uma pedra, gerando rapidamente dependência. Na luta pela recuperação, parentes de dependentes procuram ajuda nos grupos de apoio e nas comunidades terapêuticas. No mundo das drogas, os adolescentes estão mais vulneráveis que os adultos. O jovem Cles Pierre Rodrigues Sabino, 16 anos, está desparecido há quase dois meses. O garoto foi adotado ainda bebê por Agostinho dos Santos, um homem que tenta renovar todo dia a esperança de rever o filho. Em seis tentativas, ele conseguiu encontrar o rapaz dentro de um ponto de venda de droga, mas as últimas buscas resultaram em frustração.O tráfico recruta jovens cada vez mais cedo. “O fato da punição para os adolescentes serem medidas sócio-educativas e o máximo de cumprimento da pena ser de apenas três anos faz com que os traficantes aproveitem essa pequena punição para recrutar os adolescentes mais cedo ao tráfico”, explica o delegado Tiago Uchôa. A Polícia da Criança e do Adolescente apura suspeitas muito graves, que envolvem crianças exploradas pelo tráfico. “Denúncias de que nas comunidades pessoas oferecem drogas às crianças e adolescentes para conseguirem serviços sexuais, principalmente das meninas”, comenta o chefe da Unidade de Apoio da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente, Rinaldo Carvalho. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos elabora ações para evitar que o crack avance ainda mais. “O Conselho Estadual sobre drogas vai fazer um levantamento para convocar as unidades que trabalham na recuperação desses jovens. Queremos conversar e saber o quer elas fazem e quais as contribuições do Estado para melhorar essas ações”, explica o secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Roldão Joaquim.
O crack é conhecido no Nordeste como “nóia”. O filho de uma mulher começou a usar há três anos. A descoberta foi da pior forma possível: "Ele vendeu a roupa todinha do irmão dele, sapato, deixou todo mundo dentro de casa sem roupa. Vendeu toda roupa do pai dele, ficou com a roupa do couro, vendeu a dele. Trocou a televisão por uma pedra de nóia", conta a mãe.

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