Abdullah Abdullah, 48, é médico. Em 1986, se juntou à resistência contra os soviéticos. Foi figura de destaque na Aliança Norte, que ajudou os EUA a derrubar o Taleban. Foi nomeado chanceler no governo interino de Karzai, posto que ocupou até 2006. Seu pai era Pahtun e sua mãe era Tajik, e Abdullah é visto como favorito entre os Tajiks. Com promessas de combater a corrupção, pode obrigar Karzai a disputar um segundo turno.
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A ONU anunciou ontem que mais da metade de seus funcionários estrangeiros baseados no Afeganistão será realocada por conta da deterioração da segurança. O anúncio foi feito uma semana depois do mais mortal ataque feito por extremistas do Taleban contra sua missão na capital do país.
Cerca de 600 funcionários serão levados para outros locais no Afeganistão ou para outros países por um período de três a quatro semanas, enquanto a organização tenta encontrar locais de moradia permanentes e mais seguros para suas equipes.
No ataque de 28 de outubro, três homens invadiram uma hospedaria onde viviam funcionários das Nações Unidas, matando cinco deles. O Taleban assumiu a responsabilidade, dizendo que o alvo eram os organizadores da recente eleição presidencial, na qual a ONU teve um importante papel. O presidente Hamid Karzai saiu vitorioso do pleito depois que seu concorrente, Abdullah Abdullah, desistiu de participar do segundo turno - a primeira votação, em agosto, fora marcada por diversas irregularidades.
Apesar da retirada dos funcionários, o chefe da missão da ONU no Afeganistão, Kai Eide, disse, em entrevista em Cabul, que a organização continua comprometida com o país - onde opera há mais de 50 anos. Ao mesmo tempo, ele deixou clara a preocupação com a deterioração da segurança e com o fracasso do governo Karzai em combater a corrupção que, segundo Eide, ajuda a dar combustível à insurgência.
A decisão da ONU ocorre num momento em que o presidente dos EUA, Barack Obama, reavalia sua estratégia para o conflito e analisa se enviará tropas extras ao país asiático. As Nações Unidas têm 5.500 funcionários no Afeganistão; 1.100 são estrangeiros que vivem em pensões em Cabul.
No dia 28 de outubro, três terroristas atacaram uma hospedaria de Cabul em que vivem muitos funcionários da ONU, matando cinco deles e dois policiais afegãos. Os criminosos também foram mortos. Os talebans reivindicaram o ataque.
ELEIÇÕES COM FRAUDES:
A poeira das eleições afegãs mal havia assentado e o governo dos Estados Unidos, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia já a comemoravam como sendo um sucesso, elogiando os eleitores pelo heroísmo e os funcionários eleitorais pela relativa eficiência.Isso seria risível se não fosse tão vergonhoso. As eleições foram gravemente maculadas pela violência e a fraude generalizada, e é improvável que os resultados aplaquem a revolta de uma população já frustrada por oito anos de desgoverno e corrupção
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