quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

MÉDICO E EX-DEPUTADO TALVANE ALBUQUERQUE É CONDENADO A 103 ANOS DE PRISÃO EM REGIME FECHADO.


Após treze anos de espera, em julgamento emblemático, o ex-deputado federal Talvane Albuquerque, apontado como mentor do assassinato da também deputada federal e médica Ceci Cunha foi condenado pelo júri a uma pena de 103 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Além da prisão, a condenação obriga o réu a pagar R$ 100 mil de indenização à família. O caso ganhou repercussão nacional e foi acompanhado por todo o Brasil. Nas palavras do juiz federal André Tobias Granja, as vítimas não tiveram chance de defesa, uma vez que os, agora condenados, invadiram a cena do crime usando armas de gorro calibre. Granja descreveu como fria e brutal a ação dos criminosos e lembrou que os autores materiais estavam dispostos a matar todas as pessoas que estivessem na cena do crime. Os assessores de Talvane, Jadielson Barbosa e José Alexandre (o Zé Piaba), considerado os autores materiais tiveram pena fixada em 105 anos de prisão também em regime fechado. Ambos foram condenados por quatro homicídios qualificados. Ainda na interpretação dos jurados Alécio Alves Vasco e Mendonça Medeiros tiveram na conhecida Chacina da Gruta “participação de menor importância” e, por esta razão, foram condenados a uma pena de 87 anos e três meses, e 75 anos e sete meses, respectivamente. A participação destes dois envolvidos teria sido de indicar as vítimas e ajudar na fuga de Jadielson e Zé Piaba. Como não há prisão especial para que o regime seja cumprido efetivamente no Estado, a defesa de Talvane, único condenado com nível superior, solicitou que Talvane cumprisse pena domiciliar. O pedido foi concedido pelo juiz Tobias Granja que presidiu a sessão nestes três dias de julgamento. Ceci Cunha foi assassinada em 1998 no bairro da Gruta de Lourdes, em Maceió (AL), no dia em que foi diplomada deputada federal. Além dela, também foram mortos seu cunhado, Iran Carlos Maranhão, seu marido Juvenal Cunha, e a mãe de Iran, Ítala Maranhão. O episódio ficou conhecido como “Chacina da Gruta”. O Ministério Público Federal (MPF) acusou o então deputado Pedro Talvane, suplente de Ceci Cunha na Câmara, de ser o mandante do crime. A motivação seria a de assumir a vaga da deputada na Câmara Federal. A demora no julgamento do caso ocorreu em razão dos inúmeros recursos e de discussões acerca da definição da competência, se seria da Justiça Estadual ou da Justiça Federal. ( Site Alagoas 24 horas ).

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