O Partido Democrático Trabalhista ( COLIGAÇÃO PDT, PSB E PT ), que tem como candidato ao governo do Estado o ex-governador Ronaldo Lessa, entrou esta semana com uma denúncia de fraude junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL). De acordo com a assessoria do partido no Estado, a denúncia foi protocolada na última terça-feira e assinada pela advogada do PDT Nacional, Maria Aparecida Rocha Cortiz.
No documento o partido alega que teriam ocorrido irregularidades durante a coleta dos votos no primeiro turno das eleições deste ano, em Maceió e no interior do Estado. Segundo a denúncia feita pelo PDT, teria ocorrido fraude em 1.065 seções eleitorais, onde foi registrado, segundo a legenda, o "crescimento acentuado de votos rápidos no final da votação".
Com a denúncia, os advogados do PDT buscam fazer com que a Justiça Eleitoral abra investigação sobre o tema, de modo a comprovar ou não se houve algum tipo de irregularidade por parte dos mesários e presidentes de mesas nas referidas seções. O partido justifica o pedido de investigação mostrando que a inserção dos votos nessas seções aconteceu muito rapidamente e que a interferência dos mesários seria capaz de alterar o resultado da eleição.
No documento, a advogada solicita ainda que o TRE-AL impeça a votação pelos mesários nas seções descritas, e que convoque os presidentes dessas mesas para esclarecimentos. O voto rápido, segundo o documento, consistiria naquele finalizado em 40 segundos, entre a autorização pelo mesário e confirmação pelo eleitor - a própria Justiça Eleitoral considera crítico o período compreendido entre as 16 horas e o final da votação.
De acordo com a assessoria do TRE, a denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Eleitoral em Alagoas e está sendo analisada pelo procurador regional eleitoral Rodrigo Tenório. No entanto, até o final da tarde de hoje, Tenório ainda não tinha se pronunciado a respeito da denúncia, que poderá ser levada ao Pleno do Tribunal, para ser apreciada pelos demais integrantes da corte.
O ex-governador Lessa disputa o segundo turno das eleições alagoanas com o atual governador Teotônio Vilela Filho (PSDB). No primeiro turno, Vilela chegou em primeiro lugar com 39% dos votos. Lessa alcançou o segundo lugar, com 29%, e Fernando Collor em terceiro, com 28%.
A NOSSA OPINIÃO:
A noticia de fraude em Alagoas irrita o Tribunal Superior Eleitora, vez que nenhum pleito seja em qualquer país do mundo não está livre possiveis fraudes diversas, mas essa de Alagoas foi a gota d água. As eleições no Brasil nos últimos anos o TSE tem desempenhado um papel muito importante e até na maioria exercendo uma dedicação zelosa por parte dos magistrados, serventuários e Ministério Público, mas a verdade é que se tratando de eleição em Alagoas ninguém pode subestimar a politicagem e sugeirada que ainda ronda aquele Estado a mais de 100 anos. Quando se fala em eleição em Alagoas, deve-se perceber que é necessário se montar uma Operação de Guerra com o apoio da Policia Federal, e Forças Armadas contra possíveis fraudes, boca de urna e compra de voto, que é negociado escancaradamente a ceu aberto. Uma medida correta seria a substituição dos atuais mesários do interior por outros da capital ou mesários servidores públicos. Não tenho nada com os professores do Interior do Estado de Alagoas, mas o bom seria afastar esse pessoal que trabalham como mesários, pois são ligados a setores da política que usam a maquina pública para realizarem manobras eleitorais não recomendadas. Séria interessante que se construísse uma cultura de fiscalização nas urnas por partidos políticos. O sistema de votação nos dias atuais tornou-se tão seguro que os partidos politicos praticamente em 90% abondonaram o trabalho corriqueiro da fiscalização in loco das votações. Não que essas supostas fraudes possa existir em outros estados da federação, mas quando se fala em Alagoas tudo é possivel, lá eles encontram formas de burlar a licitude do voto secreto.