Em um gesto de covardia, dois homens agrediram o jornalista Rafael Dias, do Diario de Pernambuco, na noite de ontem. Por volta das 20h, o repórter se preparava para deixar a sede do jornal quando foi informado de que dois rapazes o aguardavam na recepção desde às 15h. Ao se aproximar, um dos homens perguntou se ele realmente era Rafael. Com a resposta positiva, o rapaz deu um soco no rosto do repórter e alegou ser filho do vereador Luiz Vidal, 62, falecido na tarde do último sábado. Ao sair, o agressor ameaçou seguranças e seguiu com o outro rapaz em um Honda Civic, de cor preta e placa KFV-2727.
Rafael se dirigiu ao plantão da Delegacia Santo Amaro, mas como estava com o nariz e a boca sangrando sem parar foi aconselhado a ir primeiro a um hospital e só depois voltar para prestar queixa. Ele recebeu os primeiros cuidados médicos no Hospital Esperança e está com a face cheia de hematomas, os lábios inchados, um dente quebrado e dificuldade de respirar devido à pancada no nariz.
O motivo da agressão ainda não foi esclarecido. Rafael foi autor de matéria sobre a morte de Luiz Vidal e veiculou, assim como a Folha de Pernambuco e o Jornal do Commercio, a suspeita de que o falecimento do vereador tivesse sido causado pelo Mal da Vaca Louca. “Eu escrevi uma matéria isenta, colocando tudo como hipóteses. Eles poderiam ter pedido direito de resposta e não chegar distribuindo murros. Foi uma atitude covarde e acredito que premeditada”, contou o jornalista.
Testemunhas que presenciaram a agressão compareceram à Delegacia de Santo Amaro para prestar depoimento e também instaurar inquérito contra o agressor. O segurança Valter de Figueiredo também prestou queixa contra o suposto filho de Luiz Vidal por agressão e ameaça. “Quando ele agrediu Rafael, fui até lá e se não tivesse desviado também levaria um murro. O rapaz era alto, forte e disse que era Luiz Vidal Filho. Mostrou uma tatuagem e vi que era realmente a imagem de Luiz Vidal”, contou. (Artigo extraído da Folha de Pernambuco e foto do Acerto de Contas ).
Opinião: Esse foi um ato de covardia, e foi contra a toda imprensa de Pernambuco, um atentado contra a livre expressão. Deve ser apurado com rigor.
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